Conversor SEPIC


Ilustração do conversor CC-CC SEPIC

O conversor SEPIC (Single-Ended Primary-Inductance Converter) é um conversor CC/CC capaz de elevar ou abaixar a tensão. Além disso, o conversor SEPIC possui característica de fonte de corrente na entrada e característica de fonte de tensão em sua saída. A característica de fonte de corrente se dá pelo indutor em série com uma fonte de tensão, e a característica de fonte de tensão se deve ao capacitor paralelo à saída, que por motivos de análise, pode ser vista como uma fonte de tensão [1] [2].

Outro ponto relevante do conversor SEPIC, é sua facilidade do seu isolamento, ou seja, inserir um transformador. Sua isolação galvânica é facilitada devido ao indutor "paralelo" à saída [1].

O conversor SEPIC, assim como outros conversores CC/CC, utiliza a modulação por largura de pulso ou PWM (Pulse Width Modulation). O que permite maior eficiência na transferência de energia para a carga, quando comparado à um regulador linear. Na modulação por largura de pulso, o chaveamento dos conversores pode ser visto como uma forma de controlar a tranferencia de energia elétrica [1]. Com isso, na literatura da eletrônica de potencia, frequentemente encontra-se termos como a razão cíclica ou duty cycle. A razão cícica, neste contexto, pode ser vista como uma fração do período de chaveamento em que a chave permanece fechada, sendo assim

t o n = D T s {\displaystyle t_{on}=DT_{s}}

em que t o n {\displaystyle t_{on}} corresponde ao período em que a chave está fechada, D {\displaystyle D} é a razão cíclica (que varia entre 0 e 1) e T s {\displaystyle T_{s}} é o período da frequência de chaveamento. Por outro lado, pode-se tambem definir o complemento da expressão anterior [1][2].

t o f f = ( 1 D ) T s = D T s {\displaystyle t_{off}=(1-D)T_{s}=D'T_{s}}

O qual t o f f {\displaystyle t_{off}} corresponde ao período em que a chave está aberta, portanto

D + D = 1 {\displaystyle D+D'=1}

Tendo em vista o uso do PWM, os conversores normalmente podem operar em três modos, o modo de condução contínua (MCC), modo de condução descontínua (MCD) ou no modo de condução crítica. Os modos de operação estão ligados à continuidade da corrente no indutor durante um período de chaveamento.


Resumo das equações do conversor SEPIC no MCC

O quadro a seguir contém algumas das equações do conversor SEPIC no MCC.

Equações do conversor SEPIC no MCC
Variável Equação
Ganho estático G = D 1 D {\displaystyle G={\frac {D}{1-D}}}
Corrente média do indutor L 1 {\displaystyle L_{1}} I L 1 = I i n {\displaystyle I_{L_{1}}=I_{in}}
Corrente média do indutor L 2 {\displaystyle L_{2}} I L 2 = I o {\displaystyle I_{L_{2}}=I_{o}}
Ondulação de corrente do indutor L 1 {\displaystyle L_{1}} Δ I L 1 = V S L 1 D T s = V S V C V o L 1 ( 1 D ) T s {\displaystyle \Delta I_{L_{1}}={\frac {V_{S}}{L_{1}}}DT_{s}={\frac {V_{S}-V_{C}-V_{o}}{L_{1}}}(1-D)T_{s}}
Ondulação de corrente do indutor L 2 {\displaystyle L_{2}} Δ I L 2 = V C L 2 D T s = V o L 2 ( 1 D ) T s {\displaystyle \Delta I_{L_{2}}={\frac {V_{C}}{L_{2}}}DT_{s}={\frac {V_{o}}{L_{2}}}(1-D)T_{s}}
Ondulação de tensão no capacitor intermediário C {\displaystyle C} Δ V C = V o D R C f s {\displaystyle \Delta V_{C}={\frac {V_{o}D}{RCf_{s}}}}
Ondulação de tensão no capacitor de saída C o {\displaystyle C_{o}} Δ V o = I o D T s C o = V o D T s R C o {\displaystyle \Delta V_{o}={\frac {I_{o}DT_{s}}{C_{o}}}={\frac {V_{o}DT_{s}}{RC_{o}}}}
Corrente média na chave I S W = I o D 1 D = I i n {\displaystyle I_{S_{W}}=I_{o}{\frac {D}{1-D}}=I_{in}}
Corrente média na diodo I D = I o {\displaystyle I_{D}=I_{o}}


Conversor SEPIC no Modo de Condução Contínua (MCC)

O conversor SEPIC no MCC opera com duas etapas, em que a primeira etapa consiste no período t o n {\displaystyle t_{on}} com a chave fechada, e a segunda etapa o período t o f f {\displaystyle t_{off}} com a chave aberta.

Primeira etapa de operação

Primeira etapa de operação do conversor SEPIC

Durante a primeira etapa de operação do conversor SEPIC, há a magnetização dos indutores L 1 {\displaystyle L_{1}} e L 2 {\displaystyle L_{2}} . Aplicando a lei de Kirchhoff das tensões, é possível encontrar que, o indutor L 1 {\displaystyle L_{1}} é magnetizado pela tensão de entrada

L 1 d i L 1 d t = V S {\displaystyle L_{1}{\frac {di_{L_{1}}}{dt}}=V_{S}}

e o indutor L 2 {\displaystyle L_{2}} é magnetizado pela tensão do capacitor C {\displaystyle C} .

L 2 d i L 2 d t = V C {\displaystyle L_{2}{\frac {di_{L_{2}}}{dt}}=V_{C}}

Pelas equações anteriores é possivel encontrar a corrente dos indutores. A corrente instantânea dos indutores podem ser dadas por:

i L 1 ( t ) = V S L 1 t + I L 1 m i n {\displaystyle i_{L_{1}}(t)={\frac {V_{S}}{L_{1}}}t+I_{L_{1_{min}}}}

i L 2 ( t ) = V C L 2 t + I L 2 m i n {\displaystyle i_{L_{2}}(t)={\frac {V_{C}}{L_{2}}}t+I_{L_{2_{min}}}}

Pelas equações das correntes nos indutores, é possivel determinar a ondulação de correntes ou ripple nos mesmos, pois a corrente cresce linearmente de seu valor mínimo ( I L m i n {\displaystyle I_{L_{min}}} ) até seu valor máximo ( I L m a x {\displaystyle I_{L_{max}}} ). O valor máximo é atingido no tempo t = D T s {\displaystyle t=DT_{s}} .

Δ I L 1 = I L 1 m a x I L 1 m i n = V S L 1 D T s {\displaystyle \Delta I_{L_{1}}=I_{L_{1max}}-I_{L_{1min}}={\frac {V_{S}}{L_{1}}}DT_{s}}

Δ I L 2 = I L 2 m a x I L 2 m i n V C L 2 D T s {\displaystyle \Delta I_{L_{2}}=I_{L_{2max}}-I_{L_{2min}}{\frac {V_{C}}{L_{2}}}DT_{s}}

Durante a primeira etapa, o capacitor de intermediário C {\displaystyle C} é descarregado, transferindo sua energia ao indutor L 2 {\displaystyle L_{2}} , sendo assim pode-se escrever a corrente no capacitor C {\displaystyle C} como:

C d v C d t = i L 2 ( t ) {\displaystyle C{\frac {dv_{C}}{dt}}=-i_{L_{2}}(t)}

Por sua vez, o capacitor de saída C o {\displaystyle C_{o}} é descarregado na carga, e por simplificação da análise, a corrente no capacitor C o {\displaystyle C_{o}} pode ser considerada constante e dada por:

C o d v o d t = I o {\displaystyle C_{o}{\frac {dv_{o}}{dt}}=-I_{o}}

Segunda etapa de operação

Segunda etapa de operação do conversor SEPIC

A segunda etapa de operação do conversor SEPIC consiste no período em que a chave está aberta ( 1 D ) T s {\displaystyle (1-D)T_{s}} , que ocasiona a polarização direta do diodo. Durante a segunda etapa há a desmagnetização dos indutores. Na segunda etapa, o indutor L 1 {\displaystyle L_{1}} é desmagnetizado com a expressão mostrada a seguir.

L 1 d i L 1 d t = V S V C V o {\displaystyle L_{1}{\frac {di_{L_{1}}}{dt}}=V_{S}-V_{C}-V_{o}}

Já o indutor L 2 {\displaystyle L_{2}} é desmagnetizado pela tensão de saída.

L 2 d i L 2 d t = V o {\displaystyle L_{2}{\frac {di_{L_{2}}}{dt}}=-V_{o}}

Sendo assim, a corrente dos indutores pode ser escrita como:

i L 1 ( t ) = ( V S V C V o ) L 1 t + I L 1 m a x {\displaystyle i_{L_{1}}(t)={\frac {(V_{S}-V_{C}-V_{o})}{L_{1}}}t+I_{L_{1max}}}

i L 2 ( t ) = V o L 2 t + I L 2 m a x {\displaystyle i_{L_{2}}(t)=-{\frac {V_{o}}{L_{2}}}t+I_{L_{2max}}}

Ao término da segunda etapa, a corrente dos indutores atinge o valor mínimo em t = ( 1 D ) T s {\displaystyle t=(1-D)T_{s}} , portanto pode-se escrever

I L 1 m i n = ( V S V C V o ) L 1 ( 1 D ) T s + I L 1 m a x {\displaystyle I_{L_{1min}}=-{\frac {(V_{S}-V_{C}-V_{o})}{L_{1}}}(1-D)T_{s}+I_{L_{1max}}} I L 2 m i n = V o L 2 ( 1 D ) T s + I L 2 m a x {\displaystyle I_{L_{2min}}=-{\frac {V_{o}}{L_{2}}}(1-D)T_{s}+I_{L_{2max}}}

Por meio das equações acima, também é possível determinar as ondulações de corrente nos indutores, sendo:

Δ I L 1 = I L 1 m a x I L 1 m i n = ( V S V C V o ) L 1 ( 1 D ) T s {\displaystyle \Delta I_{L_{1}}=I_{L_{1max}}-I_{L_{1min}}={\frac {(V_{S}-V_{C}-V_{o})}{L_{1}}}(1-D)T_{s}}

Δ I L 2 = I L 2 m a x I L 2 m i n = V o L 1 ( 1 D ) T s {\displaystyle \Delta I_{L_{2}}=I_{L_{2max}}-I_{L_{2min}}=-{\frac {V_{o}}{L_{1}}}(1-D)T_{s}}

Em relação aos capacitores, durante a segunda etapa, a corrente no capacitor C {\displaystyle C} pode ser descrita como:

C d v C d t = i L 1 ( t ) {\displaystyle C{\frac {dv_{C}}{dt}}=i_{L_{1}}(t)}

E a corrente no capacitor de saída pode ser dada por:

C o d v o d t = i L 1 ( t ) + i L 2 ( t ) I o {\displaystyle C_{o}{\frac {dv_{o}}{dt}}=i_{L_{1}}(t)+i_{L_{2}}(t)-I_{o}}

Ganho estático, tensões e correntes médias

Antes de prosseguir com os demais itens, é necessário determinar a tensão média no capacitor C {\displaystyle C} . O valor de tensão média neste componente pode ser encontrado através da lei de Kirchhoff das tensões, sendo aplicada à malha que envolve os indutores e o próprio capacitor, tal como destacado na figura.

Desenho auxiliar do conversor SEPIC para encontrar a tensão média no capacitor
Desenho auxiliar do conversor SEPIC para encontrar a tensão média no capacitor

Pela análise, encontra-se a seguinte soma das tensões:

V S + V L 1 + V C V L 2 = 0 {\displaystyle -V_{S}+V_{L_{1}}+V_{C}-V_{L_{2}}=0}

Sendo assim, sabendo que a tensão média em regime permanente dos indutores é nula, a tensão média em C {\displaystyle C} para o regime permanente pode ser dada por:

V C = V S {\displaystyle V_{C}=V_{S}}

O ganho estático do conversor SEPIC pode ser encontrado pela relação de tensão média no indutor, pois a tensão média no indutor em regime permanente é nula, desta forma pode-se escrever: [3][2]

V L 2 = 1 T s ( 0 D T s V C d t + 0 ( 1 D ) T s V o d t ) = 0 {\displaystyle V_{L_{2}}={\frac {1}{T_{s}}}\left(\int _{0}^{DT_{s}}V_{C}\,dt+\int _{0}^{(1-D)T_{s}}-V_{o}\,dt\right)=0}

V L 2 = V C D V o ( 1 D ) = 0 {\displaystyle V_{L_{2}}=V_{C}D-V_{o}(1-D)=0}

V S D V o ( 1 D ) = 0 {\displaystyle V_{S}D-V_{o}(1-D)=0}

Rearranjando-se os termos encontra-se o ganho estático.

G = V o V S = D 1 D {\displaystyle G={\frac {V_{o}}{V_{S}}}={\frac {D}{1-D}}}

O ganho estático também pode ser obtido do mesmo modo através da relação de tensão no inditor L 1 {\displaystyle L_{1}} .

Dada a característica de fonte de corrente na entrada do conversor Cuk, ou seja um indutor em séria com a entrada, a corrente no indutor L 1 {\displaystyle L_{1}} é a própria corrente média de entrada.

I L 1 = I i n {\displaystyle I_{L_{1}}=I_{in}}

A corrente média do indutor L 2 {\displaystyle L_{2}} será a corrente média de saída, pois a corrente média no capacitor C {\displaystyle C} é nula, portanto a corrente média no indutor deverá ser a própria corrente média de saída [2].

I L 2 = I o {\displaystyle I_{L_{2}}=I_{o}}

A corrente média no diodo ( I D {\displaystyle I_{D}} ) pode ser encontrada através de sua integral:

I D = 1 T s 0 ( 1 D ) T s i L 1 ( t ) + i L 2 ( t ) d t {\displaystyle I_{D}={\frac {1}{T_{s}}}\int _{0}^{(1-D)T_{s}}i_{L_{1}}(t)+i_{L_{2}}(t)\,dt}

I D = 1 2 ( V S V C V o ) L 1 ( 1 D ) 2 T s + I L 1 m a x ( 1 D ) 1 2 V o L 2 ( 1 D ) 2 T s + I L 2 m a x ( 1 D ) {\displaystyle I_{D}={\frac {1}{2}}{\frac {(V_{S}-V_{C}-V_{o})}{L_{1}}}(1-D)^{2}T_{s}+I_{L_{1max}}(1-D)-{\frac {1}{2}}{\frac {V_{o}}{L_{2}}}(1-D)^{2}T_{s}+I_{L_{2max}}(1-D)}

I D = 1 2 ( V S V C V o ) L 1 ( 1 D ) 2 T s + ( I L 1 + Δ I L 1 2 ) ( 1 D ) 1 2 V o L 2 ( 1 D ) 2 T s + ( I L 2 + Δ I L 2 2 ) ( 1 D ) {\displaystyle I_{D}={\frac {1}{2}}{\frac {(V_{S}-V_{C}-V_{o})}{L_{1}}}(1-D)^{2}T_{s}+\left(I_{L_{1}}+{\frac {\Delta I_{L_{1}}}{2}}\right)(1-D)-{\frac {1}{2}}{\frac {V_{o}}{L_{2}}}(1-D)^{2}T_{s}+\left(I_{L_{2}}+{\frac {\Delta I_{L_{2}}}{2}}\right)(1-D)}

É possível simplificar a equação substituindo V C = V S {\displaystyle V_{C}=V_{S}} e deixar em função da ondulação de corrente ( Δ I L {\displaystyle \Delta I_{L}} ), deste modo encontra-se:

I D = 1 2 ( V o ) L 1 ( 1 D ) 2 T s + ( I L 1 + Δ I L 1 2 ) ( 1 D ) 1 2 V o L 2 ( 1 D ) 2 T s + ( I L 2 + Δ I L 2 2 ) ( 1 D ) {\displaystyle I_{D}={\frac {1}{2}}{\frac {(-V_{o})}{L_{1}}}(1-D)^{2}T_{s}+\left(I_{L_{1}}+{\frac {\Delta I_{L_{1}}}{2}}\right)(1-D)-{\frac {1}{2}}{\frac {V_{o}}{L_{2}}}(1-D)^{2}T_{s}+\left(I_{L_{2}}+{\frac {\Delta I_{L_{2}}}{2}}\right)(1-D)}

I D = 1 2 Δ I L 1 ( 1 D ) + ( I L 1 + Δ I L 1 2 ) ( 1 D ) 1 2 Δ I L 2 ( 1 D ) + ( I L 2 + Δ I L 2 2 ) ( 1 D ) {\displaystyle I_{D}=-{\frac {1}{2}}\Delta I_{L_{1}}(1-D)+\left(I_{L_{1}}+{\frac {\Delta I_{L_{1}}}{2}}\right)(1-D)-{\frac {1}{2}}\Delta I_{L_{2}}(1-D)+\left(I_{L_{2}}+{\frac {\Delta I_{L_{2}}}{2}}\right)(1-D)}

I D = ( I L 1 + I L 2 ) ( 1 D ) = ( I i n + I o ) ( 1 D ) {\displaystyle I_{D}=(I_{L_{1}}+I_{L_{2}})(1-D)=(I_{in}+I_{o})(1-D)}

I D = ( I o D 1 D + I o ) ( 1 D ) {\displaystyle I_{D}=\left(I_{o}{\frac {D}{1-D}}+I_{o}\right)(1-D)}

I D = I o {\displaystyle I_{D}=I_{o}}

A corrente média na chave ( I s w {\displaystyle I_{sw}} ) também pode ser encontrada pela sua integral:

I S W = 1 T s 0 D T s i L 1 ( t ) + i L 2 ( t ) d t {\displaystyle I_{S_{W}}={\frac {1}{T_{s}}}\int _{0}^{DT_{s}}i_{L_{1}}(t)+i_{L_{2}}(t)\,dt}

I S W = 1 2 V S L 1 D 2 T s + I L 1 m i n D + 1 2 V C L 2 D 2 T s + I L 2 m i n D {\displaystyle I_{S_{W}}={\frac {1}{2}}{\frac {V_{S}}{L_{1}}}D^{2}T_{s}+I_{L_{1_{min}}}D+{\frac {1}{2}}{\frac {V_{C}}{L_{2}}}D^{2}T_{s}+I_{L_{2_{min}}}D}

I S W = 1 2 V S L 1 D 2 T s + ( I L 1 Δ I L 1 2 ) D 1 2 V C L 2 D 2 T s + ( I L 2 Δ I L 2 2 ) D {\displaystyle I_{S_{W}}={\frac {1}{2}}{\frac {V_{S}}{L_{1}}}D^{2}T_{s}+\left(I_{L_{1}}-{\frac {\Delta I_{L_{1}}}{2}}\right)D-{\frac {1}{2}}{\frac {V_{C}}{L_{2}}}D^{2}T_{s}+\left(I_{L_{2}}-{\frac {\Delta I_{L_{2}}}{2}}\right)D}

De forma semelhante à realizada para a corrente média no diodo, fazendo as substituições dos termos, deixando em função da ondulção de corrente ( Δ I L {\displaystyle \Delta I_{L}} ), a corrente média na chave pode ser dada por:

I S W = 1 2 V S L 1 D 2 T s + ( I L 1 Δ I L 1 2 ) D 1 2 V S L 2 D 2 T s + ( I L 2 Δ I L 2 2 ) D {\displaystyle I_{S_{W}}={\frac {1}{2}}{\frac {V_{S}}{L_{1}}}D^{2}T_{s}+\left(I_{L_{1}}-{\frac {\Delta I_{L_{1}}}{2}}\right)D-{\frac {1}{2}}{\frac {V_{S}}{L_{2}}}D^{2}T_{s}+\left(I_{L_{2}}-{\frac {\Delta I_{L_{2}}}{2}}\right)D}

I S W = 1 2 Δ I L 1 D + ( I L 1 Δ I L 1 2 ) D + 1 2 Δ I L 2 D + ( I L 2 Δ I L 2 2 ) D {\displaystyle I_{S_{W}}={\frac {1}{2}}\Delta I_{L_{1}}D+\left(I_{L_{1}}-{\frac {\Delta I_{L_{1}}}{2}}\right)D+{\frac {1}{2}}\Delta I_{L_{2}}D+\left(I_{L_{2}}-{\frac {\Delta I_{L_{2}}}{2}}\right)D}

I S W = ( I L 1 + I L 2 ) D = ( I i n + I o ) ( D {\displaystyle I_{S_{W}}=(I_{L_{1}}+I_{L_{2}})D=(I_{in}+I_{o})(D}

I S W = ( I o D 1 D + I o ) D {\displaystyle I_{S_{W}}=\left(I_{o}{\frac {D}{1-D}}+I_{o}\right)D}

I S W = I o D 1 D = I i n {\displaystyle I_{S_{W}}=I_{o}{\frac {D}{1-D}}=I_{in}}

A ondulação de tensão no capacitor de intermediário pode ser encontrada por meio da variação de carga no capacitor. A variação pode ser determinada através da integral da corrente durante uma das etapa, neste caso optou-se pela segunda etapa, sendo assim a corrente no capacitor é igual à corrente i L 1 {\displaystyle i_{L_{1}}} .

Δ Q C = 0 ( 1 D ) T s i L 1 ( t ) d t {\displaystyle \Delta Q_{C}=\int _{0}^{(1-D)T_{s}}i_{L_{1}}(t)\,dt}

Δ Q C = 1 2 ( V S V C V o ) L 1 ( 1 D ) 2 T s 2 + I L 1 m a x ( 1 D ) T s = 1 2 ( V o ) L 1 ( 1 D ) 2 T s 2 + ( I L 1 + Δ I L 1 2 ) ( 1 D ) T s {\displaystyle \Delta Q_{C}={\frac {1}{2}}{\frac {(V_{S}-V_{C}-V_{o})}{L_{1}}}(1-D)^{2}{T_{s}}^{2}+I_{L_{1_{max}}}(1-D)T_{s}={\frac {1}{2}}{\frac {(-V_{o})}{L_{1}}}(1-D)^{2}{T_{s}}^{2}+\left(I_{L_{1}}+{\frac {\Delta I_{L_{1}}}{2}}\right)(1-D)T_{s}}

Δ Q C = 1 2 Δ I L 1 ( 1 D ) T s + I L 1 ( 1 D ) T s + Δ I L 1 2 ( 1 D ) T s {\displaystyle \Delta Q_{C}=-{\frac {1}{2}}\Delta I_{L_{1}}(1-D)T_{s}+I_{L_{1}}(1-D)T_{s}+{\frac {\Delta I_{L_{1}}}{2}}(1-D)T_{s}}

Δ Q C = I L 1 ( 1 D ) T s {\displaystyle \Delta Q_{C}=I_{L_{1}}(1-D)T_{s}}

A plicando na equação:

Δ V C = Δ Q C C {\displaystyle \Delta V_{C}={\frac {\Delta Q_{C}}{C}}}

Δ V C = I L 1 ( 1 D ) T s C = I i n ( 1 D ) T s C = I o D 1 D ( 1 D ) T s C {\displaystyle \Delta V_{C}={\frac {I_{L_{1}}(1-D)T_{s}}{C}}={\frac {I_{in}(1-D)T_{s}}{C}}={\frac {I_{o}{\frac {D}{1-D}}(1-D)T_{s}}{C}}}

Δ V C = I o D T s C = V o D R C f s {\displaystyle \Delta V_{C}={\frac {I_{o}DT_{s}}{C}}={\frac {V_{o}D}{RCf_{s}}}}

Por fim, a ondulação de tensão de saída pode ser determinada da mesma forma como feita para o conversor boost. Sendo assim, a ondulação de tensão no capacitor de saída pode ser encontrada pela variação de carga, sabendo que:

Δ Q C o = Δ V o C o {\displaystyle \Delta Q_{C_{o}}=\Delta V_{o}C_{o}} Δ V o = Δ Q C o C o {\displaystyle \Delta V_{o}={\frac {\Delta Q_{C_{o}}}{C_{o}}}}

sendo Δ Q {\displaystyle \Delta Q} a variação de carga no capacitor, Δ V o {\displaystyle \Delta V_{o}} é a variação de tensão de saída e C o {\displaystyle C_{o}} é a capacitância. A variação de carga no capacitor pode ser considerada a integral da corrente no capacitor durante uma das etapas de operação. Desta forma, optando pela primeira etapa, que por simplificação da análise, pode-se considerar a corrente constante, a integral da corrente neste período será

Δ Q C o = I o D T s {\displaystyle \Delta Q_{C_{o}}=I_{o}DT_{s}}

Aplicando este resultado na equação anterior

Δ V o = I o D T s C o = V o D T s R C o {\displaystyle \Delta V_{o}={\frac {I_{o}DT_{s}}{C_{o}}}={\frac {V_{o}DT_{s}}{RC_{o}}}}

Referências

  1. a b c d Barbi, Ivo; Martins, Denizar C. (2006). Eletrônica de Potência: conversores CC-CC básicos não isolados Segunda ed. Florianópolis: INEP  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
  2. a b c d Hart, Daniel W. (2011). Power electronics. New York, NY: McGraw-Hill. ISBN 978-0-07-338067-4 
  3. Erickson, Robert W.; Maksimović, Dragan (2020). Fundamentals of power electronics Third ed. Cham: Springer. ISBN 978-3-030-43881-4  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)