Dormir al Sol
Dormir al Sol | |
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Autor(es) | Adolfo Bioy Casares |
Idioma | espanhol |
País | Argentina |
Gênero | Romance Realismo mágico |
Linha temporal | século XX |
Localização espacial | Buenos Aires |
Editora | Enecê |
Formato | brochura |
Lançamento | 1973 |
Dormir al Sol é um romance do escritor argentino Adolfo Bioy Casares. A obra se insere no movimento denominado realismo mágico e sua primeira edição foi publicada por Emecé Editores, em 1973.
Em 2010, o livro foi transposto para o cinema pelo diretor e roteirista Alejandro Chomski. O filme homônimo estreou em março de 2012, com Luis Machín no papel principal.[1]
O próprio Casares considera a obra como aquela que mais o representa, a menos trágica e a que menos representa a dor. Nela aparecem o quotidiano familiar, o amor conjugal, a vida de bairro, a medicina, a psiquiatria, os cães de estimação. A narrativa alterna bom humor e fina ironia com uma visão crítica da vida familiar e do ambiente social, com elementos fantásticos e de suspense, compondo um retrato da vida pequeno-burguesa de Buenos Aires, ao mesmo tempo em que coloca a questão da identidade humana. Alguns críticos têm visto o romance como uma parábola sobre a sociedade, com conotações políticas; outros, porém, consideram-no como pura criação literária, sem uma mensagem específica.[2]
Argumento
Nos anos 1950, o relojoeiro Lucio Bordenave leva uma vida tranquila em Parque Chas, um bairro de Buenos Aires onde as ruas não têm esquinas e fazem círculos como num labirinto. Bordenave conta, numa carta a Félix Ramos, seu amigo de infância, os momentos que viveu desde que conheceu Standle, um adestrador de cães.
A trama se desenvolve a partir das dificuldades de Bordenave em lidar com as mudanças cada vez mais perturbadoras no caráter de sua esposa, Diana. Standle, o adestrador, convence-o a internar Diana no Instituto Frenopático, de Reger Samaniego. Em pouco tempo, Lucio quer sua mulher de volta, mas, por uma série de motivos, o retorno de Diana é constante adiado - seja pela intrusão de sua cunhada, que tenta seduzi-lo, seja pelo sinuosos argumentos do diretor do instituto, Dr. Samaniego. Entrementes, aparece uma cachorrinha, sugestivamente chamada Diana, e Bordenave experimenta o sentimento crescente de que um estranho tráfico de almas está acontecendo à sua volta. Quando finalmente os médicos devolvem sua mulher, ela lhe parece ser uma impostora.
O sentido do título ("Dormir al Sol") é revelado quando Reger Samaniego explica a Bordanave os diferentes métodos para facilitar o sono. O mais adequado, segundo Samaniego, consiste em imaginar um cachorro dormindo ao sol, sobre "uma balsa que navega lentamente, água abaixo, por um rio largo e tranquilo" (Emecé Editores, 1973, P. 211).
Notas e referências
- Portal da Argentina
- Portal da literatura