Eleições estaduais em Alagoas em 1986
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Eleições estaduais em Alagoas em 1986 | ||||
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15 de novembro de 1986 (Turno único) | ||||
Candidato | Fernando Collor | Guilherme Palmeira | ||
Partido | PMDB | PFL | ||
Natural de | Rio de Janeiro, RJ | Maceió, AL | ||
Vice | Moacir Andrade | Nelson Costa | ||
Votos | 400.246 | 327.232 | ||
Porcentagem | 52,83% | 43,20% | ||
Governador de Alagoas Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais em Alagoas em 1986 ocorreram em 15 de novembro, assim como as eleições no Distrito Federal em 23 estados e nos territórios federais do Amapá e Roraima.[1] Foram eleitos o governador Fernando Collor, o vice-governador Moacir Andrade e os senadores Divaldo Suruagy e Teotônio Vilela Filho, além de nove deputados federais e vinte e sete deputados estaduais.
O novo governador de Alagoas é economista formado pela Universidade Federal de Alagoas em 1972, presidiu o CSA e além disso é jornalista e empresário tendo sob seu comando as Organizações Arnon de Mello, assim batizadas em honra ao seu pai de quem herdou o tino político. A vida pública de Fernando Collor teve início na ARENA sendo nomeado prefeito de Maceió em 1979 pelo governador Guilherme Palmeira e após deixar o cargo foi eleito deputado federal pelo PDS em 1982. Em Brasília votou a favor da Emenda Dante de Oliveira e escolheu Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985, o que não impediu seu ingresso no PMDB e sua vitória sobre Guilherme Palmeira na disputa pelo Palácio República dos Palmares.[nota 1]
Iniciado em 15 de março de 1987, o governo Fernando Collor ganhou projeção nacional graças aos discursos anticorrupção e o combate que seu titular afirmava empreender contra as mordomias e os altos salários de alguns servidores e funcionários públicos chamados de marajás[2] além da oposição feita ao presidente José Sarney e a defesa de apenas quatro anos de mandato para o mesmo, embora ambos fossem do PMDB e tivessem origem política nos partidos que sustentaram o Regime Militar de 1964. Com base nessa plataforma renunciou em 14 de maio de 1989 para candidatar-se à Presidência da República pelo PRN[3] e entregou o governo a Moacir Andrade. Após sete meses de campanha, Fernando Collor foi eleito presidente da República em segundo turno ao vencer o deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com base num programa neoliberal antecedido por um plano econômico. Desgastado pela hiperinflação e por denúncias de corrupção o Governo Collor chegou ao fim em 29 de dezembro de 1992 após um processo de impeachment que afastou Fernando Collor da política até o início do Século XXI.
Resultado da eleição para governador
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral houve 112.056 votos em branco (12,37%) e 36.023 votos nulos (3,98%), calculados sobre o comparecimento de 905.630 eleitores com os 757.551 votos nominais assim distribuídos:
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Fernando Collor PMDB | Moacir Andrade PMDB | (PMDB, PCdoB, PJ, PTB, PSC) | |||
Guilherme Palmeira PFL | Nelson Costa PDS | (PFL, PDS, PDC) | |||
Ronaldo Lessa PSB | Paulo Onofre de Araújo PDT | (PSB, PDT, PT, PCB, PL) | |||
Fontes:[1] |
Resultado da eleição para senador
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, foram apurados 1.174.759 votos nominais.
Candidatos a senador da República | Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Divaldo Suruagy PFL | Carlos Lyra PFL José Valdomiro Mota PFL | (PFL, PDS, PDC) | |||
Teotônio Vilela Filho PMDB | João do Nascimento Silva PMDB [nota 2] [nota 3] | (PMDB, PCdoB, PJ, PTB, PSC) | |||
Mendonça Neto PMDB | José Romariz Sobrinho PMDB [nota 2] [nota 3] | (PMDB, PCdoB, PJ, PTB, PSC) | |||
João Lyra PMDB | Jurandir Boia PMDB [nota 2] [nota 4] | (PMDB, PCdoB, PJ, PTB, PSC) | |||
Luiz Gonzaga Mendes de Barros PFL | [nota 5] - [nota 6] - | (PFL, PDS, PDC) | |||
João Ferreira Azevedo PFL | [nota 5] - [nota 6] - | (PFL, PDS, PDC) | |||
Rubens Vilar PMDB | Maria Aparecida da Silva Pereira PMDB [nota 2] [nota 3] | (PMDB, PCdoB, PJ, PTB, PSC) | |||
Lauro Farias PL | Hélio Ferreira de Araújo PL Djalma Saldanha da Silva PL | (PSB, PDT, PT, PCB, PL) | |||
João Vicente Freitas Neto PCB | Laudo Leite Braga PCB Rubens Colaço Rodrigues PCB | (PSB, PDT, PT, PCB, PL) | |||
Fontes:[1] |
Deputados federais eleitos
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.
Representação eleita
PMDB: 4PFL: 4PTB: 1
Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
José Thomaz Nonô | PFL | 94.526 | 27,86% | Maceió | Alagoas |
Renan Calheiros[nota 7] | PMDB | 54.888 | 16,18% | Murici | Alagoas |
José Costa | PMDB | 46.199 | 13,62% | Palmeira dos Índios | Alagoas |
Roberto Torres | PTB | 32.933 | 9,70% | Água Branca | Alagoas |
Geraldo Bulhões | PMDB | 27.441 | 8,09% | Santana do Ipanema | Alagoas |
Albérico Cordeiro | PFL | 24.668 | 7,27% | Pilar | Alagoas |
Antônio Ferreira | PFL | 21.080 | 6,21% | Desterro | Paraíba |
Eduardo Bonfim | PMDB | 20.978 | 6,18% | Maceió | Alagoas |
Vinicius Cansanção | PFL | 16.481 | 4,85% | Pilar | Alagoas |
Fontes:[1][4][5] |
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Deputados estaduais eleitos
A Assembleia Legislativa de Alagoas possuía 27 vagas.
Representação eleita
PFL: 10PMDB: 7PTB: 6PDT: 3PSB: 1
Deputados estaduais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
Sabino Romariz | PDT | 34.785 | Maceió | Alagoas | |
Antônio Holanda Costa | PMDB | 16.679 | União dos Palmares | Alagoas | |
Manuel Gomes de Barros | PFL | 15.597 | União dos Palmares | Alagoas | |
José Bernardes Neto | PFL | 13.819 | Atalaia | Alagoas | |
Antônio Guedes Amaral | PTB | 13.491 | Major Izidoro | Alagoas | |
Oscar Fontes Lima | PTB | 13.483 | Maceió | Alagoas | |
César Malta | PFL | 12.676 | Maceió | Alagoas | |
Benedito de Lira | PFL | 12.484 | Junqueiro | Alagoas | |
José Humberto Vilar Torres | PMDB | 12.145 | Água Branca | Alagoas | |
Emílio Silva | PTB | 11.366 | Palmeira dos Índios | Alagoas | |
Dilton Falcão Simões | PMDB | 10.782 | Maceió | Alagoas | |
João Leão de Melo | PFL | 10.719 | Arapiraca | Alagoas | |
José Medeiros | PTB | 10.621 | Alagoas | ||
Edival Vieira Gaia | PFL | 10.223 | Igaci | Alagoas | |
Elísio Sávio | PFL | 9.702 | Pão de Açúcar | Alagoas | |
José Bandeira de Medeiros | PFL | 9.179 | Delmiro Gouveia | Alagoas | |
Diney Soares Torres | PFL | 8.981 | São Miguel dos Campos | Alagoas | |
José Duarte Marques | PTB | 8.879 | Coruripe | Alagoas | |
Nenoi Pinto Araújo | PFL | 8.868 | Santana do Ipanema | Alagoas | |
Cleto Falcão | PMDB | 8.335 | Recife | Pernambuco | |
Manoel Pereira Filho | PTB | 8.331 | Arapiraca | Alagoas | |
Francisco de Mello | PMDB | 8.314 | Craíbas | Alagoas | |
Ismael Pereira | PMDB | 7.615 | Capela | Sergipe | |
Afrânio Vergetti | PMDB | 6.783 | União dos Palmares | Alagoas | |
João Barbosa Neto | PSB | 6.405 | Rio Largo | Alagoas | |
Manoel Lins Pinheiro | PDT | 4.722 | Marechal Deodoro | Alagoas | |
José Augusto Filho | PDT | 3.986 | Coruripe | Alagoas | |
Fontes:[1][5] |
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Notas
- ↑ Denominado então "Palácio dos Martírios".
- ↑ a b c d Quando um partido lançar dois candidatos a senador, cada sublegenda indicará o respectivo suplente. Neste caso, o mais votado será eleito, tendo como primeiro suplente o candidato que não foi eleito e como segundo suplente aquele registrado na chapa vitoriosa.
- ↑ a b c O PMDB concorreu nas eleições para senador com dois candidatos por sublegenda, sendo vitoriosa a chapa formada por Teotônio Vilela Filho e Rubens Vilar, que reuniu 332.904 votos (28,34%), enquanto Mendonça Neto e João Lyra somaram 324.137 votos (27,59%).
- ↑ João Lyra disputou as eleições de 1986 na condição de suplente do senador Guilherme Palmeira, eleito quatro anos antes.
- ↑ a b Até este momento, não foi possível identificar os suplentes de senador associados à chapa.
- ↑ a b Divaldo Suruagy foi eleito senador numa sublegenda à parte, enquanto dois candidatos compartilharam a outra, amealhando 131.879 votos (11,23%).
- ↑ Foi substituído por Sérgio Moreira após ocupar a Secretaria de Educação a convite do governador Fernando Collor.
Referências
- ↑ a b c d e BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1986». Consultado em 10 de maio de 2024
- ↑ A guerra ao turbante. Disponível em Veja, ed. 1.020 de 23/03/1988. São Paulo: Abril.
- ↑ O astro da largada Disponível em Veja, ed. 1.079 de 17/05/1989. São Paulo: Abril.
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Página oficial». Consultado em 10 de maio de 2024
- ↑ a b BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 5 de agosto de 2015