Eleições estaduais em Santa Catarina em 1966
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Eleição parlamentar em Santa Catarina em 1966 | ||||
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15 de novembro de 1966 (Senador eleito) | ||||
Líder | Celso Ramos | Brasílio Celestino | ||
Partido | ARENA | MDB | ||
Natural de | Lages, SC | Joaçaba, SC | ||
Votos | 380.245 | 102.572 | ||
Porcentagem | 67,41% | 18,19% | ||
Senador de Santa Catarina Titular(es) Eleito(s) | ||||
As eleições estaduais em Santa Catarina em 1966 ocorreram em 15 de novembro conforme prescrito no Ato Institucional Número Três em 22 estados e nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima. A ausência de eleições para governador e vice-governador se explica devido à eleição direta realizada em 1965 onde Ivo Silveira e Francisco Dall'Igna chegaram ao Palácio da Agronômica e assim foram eleitos o senador Celso Ramos, além de 14 deputados federais e 45 deputados estaduais num pleito onde a ARENA venceu por ampla maioria.[1][2][nota 1][nota 2]
Natural de Lages, o empresário Celso Ramos fundou uma madeireira e também a Federação das Indústrias de Santa Catarina em 1950, presidindo-a por dez anos. Representante catarinense na Confederação Nacional da Indústria e entidades afins, foi derrotado por Irineu Bornhausen ao disputar o mandato de senador em 1958, no entanto foi eleito governador de Santa Catarina pelo PSD em 1960 para cinco anos de mandato.[3] Em apoio ao Regime Militar de 1964 ingressou na ARENA e agora foi eleito senador. Uma análise em sua árvore genealógica informa que Celso Ramos é filho de Vidal Ramos e irmão de Nereu Ramos, que em 1955 assumiu a presidência da República, transmitindo-a depois para Juscelino Kubitschek.
Após saírem das urnas com uma expressão diminuta, os políticos de oposição em Santa Catarina sofreram um revés causado pelo Ato Institucional Número Cinco que, embora tenha atingido membros da ARENA, foi utilizado para cassar os mandatos de toda a bancada do MDB. A punição aos oposicionistas aconteceu em 1969 e assim foi preciso esperar até as eleições de 1970 para recuperar o espaço perdido.
Resultado da eleição para senador
Os números a seguir têm por fonte os arquivos do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina.[1][3]
Candidatos a senador da República | Primeiro suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Celso Ramos ARENA | Álvaro Catão ARENA | - | ARENA (sem coligação) | 380.245 | 67,41% |
Brasílio Celestino MDB | Jaime Arruda Ramos MDB | - | MDB (em sublegenda) | 102.572 | 18,19% |
Cid Pedroso MDB | Percy João de Borba MDB | - | MDB (em sublegenda) | 81.228 | 14,40% |
Deputados federais eleitos
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[4][5]
Representação eleita
ARENA: 11MDB: 3
Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
Genésio Miranda Lins | ARENA | 50.315 | 7,72% | Itajaí | Santa Catarina |
Ademar Ghisi | ARENA | 45.890 | 7,04% | Braço do Norte | Santa Catarina |
Lígia Doutel de Andrade[nota 3] | MDB | 43.495 | 6,67% | Florianópolis | Santa Catarina |
Paulo Macarini[nota 3] | MDB | 41.060 | 6,30% | Capinzal | Santa Catarina |
Aroldo Carvalho | ARENA | 37.353 | 5,73% | Canoinhas | Santa Catarina |
Osmar Cunha[nota 3] | ARENA | 37.321 | 5,73% | Florianópolis | Santa Catarina |
Joaquim Ramos | ARENA | 36.372 | 5,58% | Lages | Santa Catarina |
Albino Zeni | ARENA | 35.186 | 5,40% | Piraquara | Paraná |
Carneiro de Loyola | ARENA | 31.020 | 4,76% | Paranaguá | Paraná |
Romano Massignan | ARENA | 26.507 | 4,07% | Veranópolis | Rio Grande do Sul |
Osni Régis | ARENA | 22.306 | 3,42% | Florianópolis | Santa Catarina |
Lenoir Vargas | ARENA | 20.736 | 3,18% | Tupanciretã | Rio Grande do Sul |
Osmar Dutra[nota 3] | ARENA | 20.066 | 3,08% | Florianópolis | Santa Catarina |
Doin Vieira[nota 3] | MDB | 18.705 | 2,87% | São Francisco do Sul | Santa Catarina |
Fonte:[1] |
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Deputados estaduais eleitos
Das 45 cadeiras na Assembleia Legislativa de Santa Catarina a ARENA levou trinta e quatro e o MDB, onze.[3]
Representação eleita
ARENA: 34MDB: 11
Notas
- ↑ Nos referidos territórios o pleito serviu apenas para a escolha de deputados federais, não havendo eleições no Distrito Federal e no Território Federal de Fernando de Noronha.
- ↑ O vice-governador Francisco Dall'Igna foi cassado em 19 de julho de 1966 e o cargo permaneceu vago até 9 de março de 1967 quando a Assembleia Legislativa de Santa Catarina elegeu Jorge Bornhausen para ocupá-lo.
- ↑ a b c d e Teve o mandato cassado pelo Ato Institucional Número Cinco que em seu Art. 4º § único proibia a convocação do suplente.
Referências
- ↑ a b c d BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 11 de fevereiro de 2015
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Ato Institucional Número Três de 05/02/1966». Consultado em 11 de fevereiro de 2015
- ↑ a b c BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina. «Eleições Catarinenses – 1945 a 1998». Consultado em 11 de fevereiro de 2015
- ↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 11 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 11 de fevereiro de 2015