Festival do Miriti

MiritiFest
Festival do Miriti
Barcos feitos de miriti expostos na Feira do Artesanato de Miriti 2014.
Nome oficial Festival do Miriti
Celebrado por Turistas
Tipo Secular
Frequência Anual

O Festival do Miriti (mais conhecido por MiritiFestival ou simplesmente MiritiFest)[1] é um evento cultural do município de Abaetetuba, a "Capital Mundial do Brinquedo de Miriti". Realizado anualmente nos meses de abril ou maio em celebração ao miriti, a assim denominada "árvore da vida" em virtude da sua imensa gama de aplicações e produtividade[2], o festival oferece uma programação diversificada, com a exposição do trabalho dos artesãos locais e apresentações musicais que atraem visitantes de todo o Pará e de estados vizinhos.[3] Em 2009, tornou-se Patrimônio Cultural do Estado do Pará.[4]

Histórico

O primeiro MiritiFestival surgiu em 2004, por iniciativa da Associação Comercial e Empresarial de Abaetetuba (ACA), da Associação dos Artesãos de Brinquedos e Artesanatos de Miriti de Abaetetuba (Asamab) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O objetivo foi não somente impulsionar a economia local, mas dar visibilidade a aspectos positivos da cidade, que vinha sofrendo com sua vinculação à violência do narcotráfico e a destruição do Fórum, da Câmara dos Vereadores e da sede da Prefeitura, ocorrida em 1998.[1][5]

Em sua primeira edição, cerca de 30 mil visitantes passaram pela praça da Igreja de Nossa Senhora da Conceição entre os dias 2 e 4 de abril, tendo sido vendidos mais de 13 mil artesanatos. Na segunda edição, em 2005, foram introduzidas na programação a apresentação de bandas, grupos folclóricos, eventos esportivos, uma praça de alimentação, e uma premiação para obras originais produzidas por artesãos durante a realização do festival.[1]

Em 2008, a data de realização foi alterada para junho, coincidindo com as festas juninas, o que reduziu a visibilidade do evento. A prefeitura também transferiu o evento para o ginásio Hildo Carvalho, o que reduziu a acessibilidade e provocou inúmeros protestos e descontentamento entre os expositores. Nos anos seguintes, o festival voltou ao período tradicional entre fins de abril e início de maio, coincidindo com as cheias nos rios e o ápice da produção de frutos do miritizeiro. O local da realização passou a ser a Praça da Bandeira, espaço amplo e mais adequado para receber o grande número de visitantes.[1]

Em 2013, a Asamab e o SEBRAE, até então parceiros, passaram a divergir no tocante a crescente interferência da entidade privada nos negócios locais. Embora reconhecendo a importância da profissionalização dos artesãos oriunda de sua associação ao SEBRAE, os mesmos não aceitaram que fosse concedido espaço para artesãos de outras localidades do Pará e para tipos de artesanato que não aquele de miriti, aproveitando-se do nome já consagrado da Feira do Miriti. O rompimento foi oficializado em 2014, quando a Asamab passou a ter maior autonomia na organização do festival.[1]

Ver também

Referências

  1. a b c d e Amarildo Ferreira Júnior. «Entalhadores do efêmero: a vida associativa na criação dos Brinquedos de Miriti de Abaetetuba» (PDF). Universidade Federal do Pará. Consultado em 8 de junho de 2023 
  2. «O que é miriti?». Estúdio Miriti. Consultado em 8 de junho de 2023 
  3. «MiritiFest 2023 celebra a economia criativa de cores e sabores em Abaetetuba». Prefeitura de Abaetetuba. Consultado em 8 de junho de 2023 
  4. «Miritifest é patrimônio oficial da cultura do Pará». Jusbrasil. Consultado em 8 de junho de 2023 
  5. «Morte leva multidão a queimar fórum». Folha de São Paulo. Consultado em 8 de junho de 2023 

Ligações externas

  • «No Pará, Abaetetuba recebe festival sobre a diversidade produtiva do miriti»