Gaspar de Borja y Velasco

Gaspar de Borja y Velasco
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo de Toledo
Info/Prelado da Igreja Católica
Cardeal Gaspar de Borja y Velasco, retrato de Diego Velázquez, do Museu de Arte de Ponce, Porto Rico
Atividade eclesiástica
Diocese Arquidiocese de Toledo
Nomeação 16 de janeiro de 1645
Predecessor Dom Fernando Cardeal de Áustria
Sucessor Dom Baltasar Cardeal Moscoso y Sandoval
Mandato 1645
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 15 de julho de 1630
Ordenação episcopal 15 de setembro de 1630
por Dom Frei Antonio Marcello Cardeal Barberini, O.F.M.Cap.
Nomeado arcebispo 19 de fevereiro de 1632
Cardinalato
Criação 17 de agosto de 1611
por Papa Paulo V
Ordem Cardeal-presbítero (1611-1630)
Cardeal-bispo (1630-1645)
Título Santa Suzana (1611-1616)
Santa Cruz em Jerusalém (1616-1630)
Albano (1630-1645)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Villalpando
26 de junho de 1580
Morte Toledo
28 de dezembro de 1645 (65 anos)
Nacionalidade espanhol
Progenitores Mãe: Juana Enríquez de Velasco y de Aragón
Pai: Francisco Tomás de Borja y Centellas
Funções exercidas -Arcebispo de Sevilha (1632-1645)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
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Gaspar de Borja y Velasco (Villalpando, 26 de junho de 1580Madrid, 28 de dezembro de 1645), foi um cardeal espanhol da Igreja Católica. Foi nomeado arcebispo de Sevilha, arcebispo de Toledo e vice-rei de Nápoles.

Biografia

Filho do sexto duque de Gandía, Francisco de Borja, e Juana Enríquez de Velasco. Ele era bisneto de São Francisco de Borja e primo do duque de Lerma. Estudou na Universidade de Alcalá, sendo aluno do Colegio Mayor de San Ildefonso. Logo foi nomeado cônego e arquidiácono da igreja de Cuenca, e mais tarde arquidiácono da catedral de Toledo. Ordenado sacerdote, celebrou a primeira missa no noviciado da Companhia de Jesus em Madrid, tornando presente o seu ancestral São Francisco de Borja, terceiro padre geral da Companhia.[1]

Cardinalato e Arcebispados

Foi elevado a cardeal em 17 de agosto de 1611, instalado aos 10 de dezembro como Cardeal-presbítero de Santa Susana. Em 17 de outubro de 1616, foi nomeado para Santa Cruz de Jerusalém. Foi elevado a cardeal-bispo de Albano em 15 de julho de 1630. Recebeu a ordenação episcopal em 15 de setembro de 1630, em Santa Maria Maggiore, através do Cardeal Antonio Marcello Barberini, O.F.M. Cap. Os principais co-consagradores foram Dom Benedetto Baaz, bispo de Umbriatico, e Dom Martín de León Cárdenas, OSA, bispo de Trivento.[2]

Foi nomeado para a Arquidiocese de Sevilha em 19 de janeiro de 1632 e depois para a Arquidiocese de Toledo e Primaz da Espanha em 16 de janeiro de 1645. Enquanto Cardeal, Dom Gaspar participou do conclave de 1621, do conclave de 1623 e do conclave de 1644.[2]

Política

Em sua carreira eclesiástica diplomática, Dom Gaspar foi embaixador da Espanha junto da Santa Sé (1616-1619, 1631-1645); vice-rei de Nápoles em 1620; e conselheiro de estado em 1623.[1]

Enquanto embaixador na Santa Sé, acusou o papa Urbano VIII de omissão do dever de defender o catolicismo em guerra com as nações protestantes. A Corte de Madri necessitava de dinheiro para financiar a "guerra", e o Papa não contribuiu. A denúncia verbal e o protesto do Cardeal Borja irritaram o Papa e ele entrou em conflito com o Cardeal Barberini, sobrinho do Pontífice. As formas pouco diplomáticas do cardeal Gaspar de Borja terminaram com sua carreira diplomática.[1]

De Madrid tentaram afastá-lo de Roma, mas não da Itália. Por esta razão foi nomeado governador e capitão-geral do Estado de Milão, mas a nomeação não pôde ser efetivada devido à recusa do Papa em conceder-lhe jurisdição criminal. Os Barberini, procurando uma forma de retirá-lo da Itália, encontraram a solução mediante uma bula papal pela qual os prelados eram obrigados a residir nas dioceses de que eram titulares. Portanto, Gaspar de Borja precisou mudar-se para a sua arquidiocese de Sevilha.[1]

Mas logo foi nomeado, sucessivamente, presidente do Conselho Real, presidente do Conselho de Aragão e presidente do Conselho da Itália. Em 1638, administrou o sacramento do batismo à Infanta Maria Teresa. Quando em 1642 o rei partiu para enfrentar a guerra contra a França e reprimir a revolta catalã, Cardeal Gaspar de Borja mudou-se para Madrid para ajudar de perto a rainha Isabel, que permanecia como governadora.[1]

A patente inimizade do papa Urbano VIII com o cardeal Borja se manifestou outra vez quando Filipe IV propôs-lhe para ser arcebispo de Toledo, sendo rechaçado. No entanto, sua nomeação se realizou quando, depois da morte de Urbano VIII, seu sucessor Inocêncio X o nomeou ainda no mesmo ano (1645).[1]

Morreu em Madrid e seu corpo foi trasladado para a catedral de Toledo e sepultado em um nicho da capela de Santo Ildefonso.[1]

Referências

  1. a b c d e f g «Gaspar de Borja y Velasco | Real Academia de la Historia». dbe.rah.es. Consultado em 27 de agosto de 2024 
  2. a b «Gaspar Cardinal de Borja y Velasco [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 27 de agosto de 2024 
Controle de autoridade
  • Wd: Q615673
  • WorldCat
  • VIAF: 44258073
  • BNE: XX862471
  • CANTIC: 981058529959206706
  • CH: borve
  • CERL: cnp00525830
  • DBE: gaspar-de-borja-y-velasco
  • GND: 129056308
  • ICCU: NAPV204088
  • ISNI: ID
  • LCCN: nr2005026408
  • SNAC: w6cn8f06
  • MG: 76496