Itaperuna Esporte Clube
Nome | Itaperuna Esporte Clube | ||
Alcunhas | Águia do Noroeste Águia rubro-negra Terror do interior | ||
Mascote | Águia | ||
Fundação | 21 de julho de 1989 (35 anos) | ||
Estádio | Jair de Siqueira Bittencourt | ||
Capacidade | 10 000 pessoas | ||
Presidente | Ailton Luiz da Silva Sales | ||
Treinador(a) | Alexandre Cristossomos | ||
Material (d)esportivo | Zepe | ||
Competição | Licenciado | ||
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Temporada atual |
Itaperuna Esporte Clube é uma agremiação esportiva da cidade de Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil, fundada a 21 de julho de 1989. A equipe também é conhecida como Águia do Noroeste ou Terror do Interior. Em 22 de novembro de 2023, o clube foi desfiliado da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.[1]
História
Origem
O atual Itaperuna Esporte Clube é produto da fusão de três clubes locais, o Porto Alegre Futebol Clube, o Unidos Atlético Clube e o Comércio e Indústria Atlético Clube.
A primeira bola de futebol chegou em Itaperuna em 1911 e as primeiras partidas do esporte foram disputadas na Fazenda Porto Alegre, na Av. Zulamith Bittencourt. O primeiro time foi fundado a 15 de agosto de 1915, com o nome de Porto Alegre Futebol Clube, tendo como primeiro presidente Augusto Otaviano da Silva. O terreno para a sede foi comprado do Coronel Romualdo Monteiro de Barros, na Rua Sátiro Garibaldi, e foi iniciada a construção do estádio Jair Siqueira Bittencourt em 1963[2].
A 23 de novembro de 1943, surgiu o Comércio e Indústria Atlético Clube e, a 8 de julho de 1948, o Unidos Atlético Clube.
A fundação do Unidos se deu na residência de Rodolfo Novaes. O primeiro mandatário foi Júlio Malta. O antigo estádio tinha o nome Monte Líbano, em homenagem à colônia libanesa no Brasil. Ficava na Rua Cel. Luiz Ferraz, s/n.º. Porém, foi demolido e o terreno loteado para a construção de residências. José Câncio Barbosa Soares, quando presidente, comprou o novo terreno e, em 1983, foi iniciada a construção do estádio Álvaro Catanheda, na Estrada Mourão Filho, então sítio pertencente a João França[2].
A construção do estádio Jurandir Nunes, do Comércio e Indústria, foi iniciada em 1947, quando adquirido o terreno. Sempre passou por reformas complementares com obras para a construção de quinze lojas e dezesseis salas para aluguel. Possuía uma arquibancada coberta e outra sem cobertura. Localizava-se na Rua José Egídio Tinoco, Cidade Nova. Sua primeira diretoria teve como presidente Ary Vilela Marins. O patrono era Jurandir Nunes e o presidente de honra era Moacyr de Paula[2].
Porto Alegre
Em 1985, o rubro-negro Porto Alegre fez a sua estreia no futebol profissional ao participar do Campeonato Estadual da Terceira Divisão. Na época o time era apoiado pelos dois maiores bicheiros e empresários da cidade, Norton Nassif e Roberto Sued que não hesitavam em injetar recursos e ajudar a equipe a galgar os degraus para chegar à Primeira Divisão, fato que se consolidaria em tempo recorde. Na primeira fase, disputada em seu grupo, o Norte/Centro/Vale, a equipe ficou em primeiro lugar, superando os classificados Tamoyo e Flamengo de Volta Redonda, além dos eliminados XV de Novembro de Araruama, Cruzeiro Futebol Clube, Canto do Rio e Olympico. Na fase final, foi novamente líder ao superar Central (Barra do Piraí), Tomazinho, Tamoyo, Flamengo de Volta Redonda e Heliópolis. Na finalíssima derrotou o Central por 1 a 0 e se sagrou campeão justamente na sua estreia em nível profissional.
Em 1986, disputou pela primeira vez o Campeonato Estadual da Segunda Divisão do Rio de Janeiro, na ocasião disputado sob pontos corridos. Após dois turnos, o time se sagrou campeão, deixando a Associação Atlética Cabofriense com o vice-campeonato. O Volta Redonda foi o terceiro. A seguir vieram São Cristóvão, Serrano, Friburguense, Central (Barra do Piraí), Rio Branco, Bonsucesso, Madureira, Rubro e Siderantim.
Em 1987, o time chegava de forma inédita à elite do futebol fluminense e conseguiu se manter no mesmo módulo. Ao final da Taça Guanabara, o primeiro turno, o Porto Alegre ficou na décima colocação, à frente de Olaria, Associação Atlética Cabofriense, Mesquita e Portuguesa. Já ao final da Taça Rio, o segundo turno, o time conseguiu a nona posição ao superar Botafogo, Olaria, Mesquita, Campo Grande e Portuguesa. Vale ressaltar a vitória por 2 a 0, conquistada sobre o Flamengo, a 11 de março daquele ano. O campeão foi o Vasco da Gama.
Em 1988, o Porto Alegre ficou em nono lugar ao final da Taça Guanabara. À frente de Associação Atlética Cabofriense, Friburguense e Volta Redonda. Ao final do segundo turno, a Taça Rio, o time ficou em oitavo, à frente dos tradicionais Bangu e America, além de Goytacaz e Friburguense. O Vasco foi o bicampeão..
Em 1989, a campanha foi ainda melhor. Conquistou o quinto lugar na Taça Guanabara, à frente de Americano, Volta Redonda, Bangu, America, Associação Atlética Cabofriense, Nova Cidade e Olaria. Ao fim da Taça Rio conquistou a sexta colocação, à frente de Bangu, Nova Cidade, America, Associação Atlética Cabofriense, Volta Redonda e Olaria. Na ocasião, o Porto Alegre voltou a vencer o Flamengo, desta vez por 3 a 1 no dia 3 de maio, e bateu também o Fluminense por 2 a 1 no dia 7 de junho. O campeão daquele ano foi o Botafogo.
Itaperuna Esporte Clube
Em 1989, a cidade de Itaperuna comemorou seu centenário de fundação. Em 21 de julho daquele ano, após a participação do Porto Alegre no Campeonato Estadual, ficou definida a fusão deste clube com o Unidos e o Comércio e Indústria - amadores, mas velhos rivais do campeonato local - para a criação do Itaperuna Esporte Clube, que herdaria a vaga do Porto Alegre no Campeonato Estadual a partir de 1990.
Na primeira participação do novo clube, em 1990, o Itaperuna repetiu a boa campanha do ano anterior ao final da disputa da Taça Guanabara, e ficou em quinto lugar, à frente de America, Americano, Bangu, Campo Grande, Cabofriense, América de Três Rios e Nova Cidade. Ao término no segundo turno, a Taça Rio, o time ficou na lanterna. No cômputo total ficou em nono lugar, à frente de Campo Grande, Cabofriense e Nova Cidade.
Em 1991, ficou na nona posição ao término da Taça Guanabara, à frente de América de Três Rios, Portuguesa e Volta Redonda. Ao término da Taça Rio, o time repetiu a nona posição à frente do Bangu e dos rebaixados São Cristóvão e Goytacaz.
Em 1992, ficou em último lugar na Taça Guanabara e ainda perdeu 5 pontos por ter utilizado de forma irregular o lateral Júnior na derrota de 3 a 0 para o Vasco. Na Taça Rio ficou na 12ª posição, à frente apenas de Goytacaz e Madureira e atrás do Campo Grande. Todos sofreram o descenso.
Em 1993, disputou o primeiro turno do Grupo "B" da Primeira Divisão, conseguindo o acesso à elite do futebol fluminense na Taça Rio juntamente com o Bonsucesso, realizando campanha excepcional: venceu todas as 11 partidas que disputou, sofrendo apenas um gol, na partida de estreia contra o Friburguense. Na ocasião, o goleiro Pacato chegou a permanecer 1.133 minutos sem sofrer gols[3]. Durante a disputa da Taça Rio, conseguiu sua permanência ao ficar na décima posição, à frente dos rebaixados São Cristóvão e Bonsucesso.
Em 1994, terminou em sexto lugar, último de sua chave. No ano seguinte, 1995, terminou o primeiro turno na quinta colocação. No segundo turno, foi o sexto e conseguiu se manter na elite do futebol fluminense
Em 1996, realizou sua melhor campanha na história do Estadual. Terminou o primeiro turno, a Taça Guanabara, em quinto lugar, chegando a derrotar o Botafogo por 4 a 1 no dia 4 de maio. No segundo turno, a Taça Rio, ficou na décima posição. Na classificação final, ocupou a quinta colocação, atrás apenas dos chamados "quatro grandes" do estado. O destaque daquela equipe era o centroavante Barata, autor de 11 gols.
Em 1997, diante das fortes chuvas que inundaram grande parte do município em janeiro, o clube esteve perto de abandonar a disputa do Estadual, mas acabou garantindo sua participação já perto do início da competição[4]. Ao fim da Taça Guanabara ficou na décima posição, sendo eliminado das etapas seguintes, já que somente os oito primeiros disputaram a Taça Rio.
Em 1998, na primeira fase do certame, disputada apenas por times pequenos, ficou na sexta e última posição. O líder foi o Friburguense, seguido de Madureira, Olaria, Volta Redonda e America.
Em 1999, participou do Torneio Seletivo, grupo do interior, na primeira fase e ficou na liderança, se classificando a outra fase. Volta Redonda e Associação Desportiva Cabofriense completaram a lista. Ao fim da Taça Guanabara, ficou na décima posição, última da tábua de classificação. Ao final da Taça Rio, o segundo turno, repetiu a mesma colocação. É o último ano em que o Itaperuna enfrenta os grandes clubes do estado.
Em 2000 e 2001, o clube disputou uma fase preliminar do Campeonato Estadual. No primeiro ano, ficou em último em seu grupo. O Madureira liderou a chave, seguido de America, Olaria e Bangu. Já no ano seguinte, fica na quarta posição entre seis participantes. A Associação Desportiva Cabofriense se classifica. Em seguida aparecem Volta Redonda, Serrano, Portuguesa e São Cristóvão.
Em 2002, o Itaperuna - juntamente com Nova Iguaçu, Serrano e Barreira, que também enviaram representantes ao conselho arbitral da categoria - resolve ficar de fora de competições oficiais por dois anos. Portanto, ausenta-se do Campeonato Estadual da Segunda Divisão.
Em 2003, o Itaperuna fica afastado das competições oficiais, voltando a disputar a Segunda Divisão no ano seguinte. Ao término da primeira fase, no Grupo "A", fica na quinta posição, atrás dos classificados Volta Redonda e Boavista, além dos eliminados Rio Branco, Entrerriense, São Cristóvão, Mesquita e Casimiro de Abreu.
Em 2017, o Itaperuna confirma sua participação na série C (quarta divisão) do carioca,voltando aos gramados após um longo período de crise. No seu retorno, ficou em 8o lugar, entre 17 equipes, com 7 vitórias em 16 partidas. Sem disputar no ano seguinte, retorna à mesma competição disputando a fase preliminar com mais três equipes (Heliopolis, Paraíba do Sul e Arturzinho), que classificará duas equipes para a fase principal, com mais 15 outras equipes.
Estádio Jair Siqueira Bittencourt
O estádio Jair Siqueira Bittencourt,também conhecido como Jairzão,foi palco de grandes atuações do Itaperuna Esporte Clube durante as décadas de 80 e 90,porém,quase 30 anos depois,chegou a ser vendido e parcialmente demolido. A demolição irregular do estádio foi interrompida,e em 2017 as partes demolidas foram novamente. É conhecido como ''palco do improvável'' devido as várias situações incomuns presenciadas no estádio.
O Jairzão, que tem capacidade para 10.000 pessoas, começou a ser demolido em 2015, porém o então presidente do Conselho Deliberativo do clube Ailton Luiz da Silva Sales acionou a justiça e conseguiu impedir a venda e a demolição do estádio. Em 22 de dezembro de 2015 sendo convocada nova eleição o então presidente do Conselho Deliberativo do clube foi candidato e ganhou a eleição para Presidente Executivo. Atualmente, o clube está voltando a disputar a 3ª Divisão (série B2 do Carioca). Suas cores oficiais são preto, vermelho e branco.
Participações em competições nacionais
Em 1988, um ano após estrear na elite estadual, o Porto Alegre classificou-se para disputar a chamada Divisão de Acesso (Terceira Divisão) do Campeonato Brasileiro. Na primeira fase, terminou na primeira colocação do Grupo B, à frente de Desportiva, Cabofriense e Tupi. Na segunda, voltou a enfrentar a Desportiva em seu grupo, além do Volta Redonda e do Esportivo-MG, mas desta vez terminou na terceira colocação e foi eliminado.
Após a fusão, em julho de 1989, a primeira competição disputada pelo Itaperuna foi o Campeonato Brasileiro da Série B no segundo semestre daquele ano, no qual fez a melhor campanha sua história. Na primeira fase, no Grupo "H", se classificou em primeiro lugar, ficando o Americano em segundo. Os dois primeiros se habilitaram às oitavas de final. Foram eliminados Cabofriense, Rio Branco (ES), Desportiva e Colatina. O Itaperuna veio a eliminar o Treze nas oitavas. Porém, nas quartas de final, foi superado pelo Remo, ficando na sétima colocação geral, a melhor de um clube fluminense naquele ano. Subiram Bragantino e São José (SP)[5].
Em 1990, no Campeonato Brasileiro da Série B, passou novamente da primeira fase. Na segunda, terminou empatado em todos os critérios na segunda colocação com o Sport Recife - e atrás do Operário (PR) e à frente do Remo. Houve a necessidade de um sorteio para a definição do classificado, realizado na sede da CBF no dia 19 de novembro, e no qual o Sport saiu vencedor.[6]. Ao final do campeonato, subiram Sport e Atlético (PR).
Em 1991, ainda na Série B, ficou apenas na 27ª colocação. E no ano seguinte disputou pela última vez a Segunda Divisão, terminando na 25ª posição. Nesta campanha, o destaque foram os dois empates (0 a 0 em Salvador e 1 a 1 em Itaperuna) com o tradicional Vitória (BA), que naquele ano terminaria o campeonato como vice-campeão.
Em 1995, em sua última participação numa competição nacional, disputou o Campeonato Brasileiro da Série C e ficou na 78ª posição entre 107 times. Subiram XV de Piracicaba e Volta Redonda.
Títulos
Como Porto Alegre:
- Campeonato Estadual da Segunda Divisão: 1986;
- Campeonato Estadual da Terceira Divisão: 1985;
Como Itaperuna:
- Campeonato Estadual da Primeira Divisão - Grupo B - 1° turno: 1993;
Ver também
- Confederação Brasileira de Futebol
- Campeonato Brasileiro
- Copa do Brasil
- Clubes brasileiros de futebol
Referências
- ↑ Gontijo, Gabriel (24 de novembro de 2023). «FFERJ desfilia Canto do Rio no dia dos 450 anos de Niterói». Folha do Leste. Consultado em 7 de agosto de 2024
- ↑ a b c «História de Itaperuna». Consultado em 14 de abril de 2013. Cópia arquivada em 9 de outubro de 2009
- ↑ «Fluminense exorciza o "fantasma"». Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 23 de abril de 1993. pp. pág. 19
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(ajuda) - ↑ «Guia dos Campeonatos Estaduais». Placar (1124). São Paulo: Abril. Fevereiro de 1997. pp. pág. 53
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(ajuda) - ↑ Campeonato Brasileiro da Série B de 1989
- ↑ «Sorteio». Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 20 de novembro de 1990. pp. pág. 15