Kimia II

Operação Kimia II (em suaíli e lingala, "kimia" significa "paz") ​​foi uma operação militar lançada em março de 2009 pelo governo da República Democrática do Congo em conjunto com as forças de manutenção de paz das Nações Unidas, a MONUC, para combater a rebelião das Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR) no leste do país. A operação foi deflagrada imediatamente após a conclusão da ofensiva ruandesa-congolesa lançada em janeiro.[1]

As Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), apoiadas pela MONUC, alcançaram muitos sucessos no terreno; no entanto, foram alvo de críticas extremamente fortes a partir de outubro de 2009, quanto aos métodos utilizados ​​para combater os rebeldes.[2] No início de novembro, a organização humanitária Human Rights Watch denunciou o massacre de mais de 500 civis na região de Nyabiondo (Quivu do Norte). [3] Essa questão gerou tensões nas autoridades da ONU presentes na República Democrática do Congo: o representante da ONU no país, Alan Doss, declarou em 16 de outubro ser favorável a continuação das operações militares, enquanto o relator especial para a ONU sobre execuções extrajudiciais, Philip Alston, descreveu a Operação Kimia II como uma "catastrofe [...] em termos de direitos humanos". [4]

A operação foi oficialmente concluída em 31 de dezembro de 2009.[5][6]

Referências

  1. "You Will Be Punished": Attacks on Civilians in Eastern Congo - HRW (13 de dezembro de 2009)
  2. «UN ends criticised Congo campaign». BBC News. 16 de dezembro de 2009 
  3. «Kimia II : 505 civils tués par les FARDC, selon Human Rights Watch», Radio Okapi (03/11/2009).
  4. « RDC: l'envoyé de l'ONU veut maintenir la pression sur les rebelles rwandais », AFP com Jeune Afrique, 16 de outubro de 2009.
  5. Joel Gabri (18 de dezembro de 2009). «DR Congo: Kimia II to end on December 31st». Peace Insight 
  6. DRC: Kimia II To Shut Down - Stratfor (16 de dezembro de 2009)