Martim Martins Dade

Martim Martins Dade (m.c. 1290) foi um nobre medieval do Reino de Portugal, filho de Martim Pais Dade o Velho e de Maria Raimundes de Riba Vizela[1] (m. 16 de junho de 1251), filha de Reimão Pires de Riba de Vizela e de Sancha Pais Correia.

Documentado entre 1246 e 1290, entre os anos de 1276 e 1278 exerceu o cargo de Corregedor dos Feitos do Reino e entre os anos de 1281 e 1282 pertenceu ao Concelho Régio. Foi feito por ordem real Alcaide-mor de Santarém entre os anos de 1249 e 1284.[2]

Distinguiu-se na conquista do Algarve (Faro), nos anos de 1249 e 1250, juntamente com seu cunhado, Egas Lourenço da Cunha.[3]

Tinha propriedades nos conselhos de Vila Verde, de Guimarães, de Felgueiras, e de Vila Real e também nos conselhos de Vila Nova de Ourém, de Chamusca, de Cartacho e de Santarém.[4]

Matrimónios e descendência

Casou por três vezes, a primeira com Sancha de Santarém, de quem teve:

  • João Martins Dade casou com Domingas Martins de Santarém;[5]
  • Fernão Martins Dade (m. c. 1295) casou com Mor Esteves de Aboim;[6][7]
  • Mécia Dade casou com D. Gomes Pais da Silva;[5]
  • Maria Martins Dade casou por duas vezes, a primeira com Pedro Fernandes de Castro e a segunda com João Pires Brochardo;[5]
  • Inês Martins Dade casou com Afonso Martins Froião;[5]
  • Teresa Martins Dade casou com Mem Pires Pestana;[5]
  • Martim Martins Dade, foi eclesiástico, exerceu o cargo de cónego de Lisboa, e de prior em Santa Maria de Sintra.[8]

O segundo casamento foi em 1267 com Urraca Lourenço da Cunha (m. em 1269) filha de D. Lourenço Fernandes da Cunha, de quem não teve descendentes.[9][6]

O terceiro casamento ocorreu em julho de 1270 com Teresa Fernandes de Seabra, barregã do rei D. Afonso III de Portugal, ainda vivia em 1317. De este casamento nasceram:[4][6]

  • Estevão Martins Dade, que foi cónego de Coimbra e prior de Guimarães. Foi pai de Leonor Esteves Dade;[10]
  • Vasco Martins Dade;[10]

Ver também

Referências

  1. Sottomayor Pizarro 1997, p. 1059-1060, vol. II.
  2. Sottomayor Pizarro 1997, p. 1060-1061, vol. II.
  3. Freire, Anselmo Braamcamp (1921). Brasões da Sala de Sintra, Livro Primeiro. University of Toronto. [S.l.]: Coimbra : Imprensa da Universidade. p. 407 
  4. a b Sottomayor Pizarro 1997, p. 1061, vol. II.
  5. a b c d e Sottomayor Pizarro 1997, p. 1063, vol. II.
  6. a b c David & Sottomayor Pizarro 1989, p. 72.
  7. Sottomayor Pizarro 1997, p. 873, 1063-1064 vol. II.
  8. Sottomayor Pizarro 1997, p. 1063-104, vol. II.
  9. Sottomayor Pizarro 1997, p. 964 e 1061, vol. II.
  10. a b Sottomayor Pizarro 1997, p. 1062, vol. II.

Bibliografia

  • Aráujo Affonso, Domingos, e Dique, Ruy, Livro de Oiro da Nobreza - 3 vols, Travassos Valdez, J.A. Telles da Sylva, 2ª Edição, Lisboa, 1988. Tomo II-pg. 7.
  • David, Henrique; Sottomayor Pizarro, José Augusto P (1989). «A conquista de Faro: o reavivar de uma questão» (PDF). Porto: Universidade do Porto. Faculdade de Letras. Revista de História: 63-76. ISBN 0871-164X Verifique |isbn= (ajuda)  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  • Felgueiras Gayo, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. IV-pg. 144 (Cunhas) e vol. V-pg. 19 (Dades).
  • Sotto Mayor Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Tese de Doutoramento, Edicão do Autor  A referência emprega parâmetros obsoletos |volumen= (ajuda)