Protestos no Zimbábue em 2016–2017

Protestos no Zimbábue em 2016–2017

Zimbabuanos protestando na Cidade do Cabo, África do Sul, em apoio aos protestos de 2016 que ocorriam no Zimbabwe na época.
Período 6 de julho de 2016 - 21 de novembro de 2017
Local Zimbabwe
Causas Corrupção, fome, atrasos no pagamento de salários de funcionários públicos, repressão econômica, brutalidade policial
Objetivos Demissão de ministros corruptos, remoção de postos de controle da polícia, pagamento de funcionários públicos em dia, interrupção da introdução de notas bônus, mudança de regime, libertação de ativistas presos, interrupção da brutalidade policial
Características Resistência civil, manifestações, marchas de protesto, tumultos, piquetes
Resultado Robert Mugabe renuncia ao cargo de presidente do Zimbábue após um golpe militar no país
Participantes do conflito
* Movimento #ThisFlag
  • Campanha Tajamuka/Sesjikile
  • MDC-T
  • Veteranos de guerra
Governo ZANU-PF
Líderes
* Evan Mawarire
  • Promise Mkwananzi
  • Patson Dzamara
  • Christopher Mutsvangwa
* Robert Mugabe
  • Ignatius Chombo
  • Jonathan Moyo

Os protestos de 2016–2017 no Zimbábue começaram em 6 de julho de 2016 quando milhares de zimbabuanos protestaram contra a repressão governamental, serviços públicos precários, alto desemprego, corrupção generalizada e atrasos no recebimento dos salários de funcionários públicos. [1][2] Uma greve nacional, chamada de "dia de afastamento", começou em 6 de julho [3] e protestos subsequentes ocorreram em todo o país e na diáspora.

O governo do Zimbábue responsabilizou os governos ocidentais pelos protestos e foi acusado de bloquear mídias sociais como o WhatsApp das 9h às 11h de 6 de julho de 2016 [4] para evitar que as pessoas se reunissem para protestar.[5]

Em 18 de novembro de 2017, protestos de solidariedade ao movimento anti-Mugabe foram realizados no Zimbábue e em outros países, após o golpe militar de 15 de novembro. Em 21 de novembro, Robert Mugabe enviou uma carta ao Parlamento do Zimbábue renunciando à presidência. [6]

Demandas

De acordo com a BBC, os manifestantes de 2016 tiveram cinco demandas: [7]

  • Pagamento dos funcionários públicos em dia;
  • Redução dos bloqueios de estradas e encerrar o assédio dos policiais às pessoas por dinheiro;
  • Demissão do presidente Robert Mugabe e processos contra funcionários corruptos;
  • Abandonar os planos para introduzir notas bônus;
  • Remover uma proibição recente de produtos importados.

Referências

  1. «From tweets to streets, Zimbabwe social media anger erupts into anti-Mugabe protests». Reuters 
  2. «Zimbabwe 'shut down' over economic collapse». BBC News 
  3. «Zimbabwe shuts down in protest over 'economic collapse'». Aljazeera.com 
  4. «#MondayBlues: Liquid Telecom Speaks On Internet ShutDown». Techno Mag 
  5. «A WhatsApp blackout in Zimbabwe was no match for massive protests against Mugabe's failing economy». Quartz 
  6. «Zimbabwe's President Mugabe resigns». BBC News. 21 Novembro 2017 
  7. «Zimbabwe's pastor 'hero': #ThisFlag preacher». 16 Julho 2016